VÍDEO – Jovem que bateu panela – Perde bolsa de estudos e pede ajuda na internet para terminar estudos
Na época do golpe Kimberly Letícia dos Santos estava no primeiro ano da faculdade de direito e achou que era um boa ideia sair para a rua bater panelas e gritar “Fora Dilma”
Após perder sua bolsa de estudos integram em um das melhores faculdades do país, a jovem recorre as redes sociais implorando por ajuda para concluir a sua faculdade.
A jovem Kimberly participou de atos do pato pedindo “Fora Dilma” e apoiando os golpistas enquanto ainda estava na faculdade dependendo de bolsa.
Hoje a jovem perdeu tudo e procura por ajuda.
“Me ajudem por favor, o meu futuro depende da faculdade. Sou de família pobre, não temos dinheiro para pagar integral” Declara a estudante.
A jovem Kimberly sofreu um efeito muito conhecido entre os coxinhas que é o de pensar que são ricos, quando na verdade os verdadeiro ricos estão é rindo de patos e marionetes feito essa jovem estudante.
Por isso precisamos de Lula e de uma sociedade mais socialista. Para todos termos chances iguais e não ficarmos as sombras dos grandes burgueses, fora coxinhas aqui é Lula 2018 presidente!
http://esquerdao.com.br/2018/01/14/bateu-panela-lula-livre-estudos/
segunda-feira, 30 de abril de 2018
sábado, 28 de abril de 2018
SEMINÁRIO SOBRE A GRANDE MÍDIA
SEMINÁRIO SOBRE A GRANDE MÍDIA
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SEMINÁRIO SOBRE A GRANDE MÍDIA |
Na próxima segunda, dia 30, será realizado o Seminário do/a Trabalhador/a no Centro Cultural de Porto Seguro. Vamos discutir o papel da mídia frente à conjuntura política atual. O palestrante será Augusto Vasconcelos, presidente do Sindicato dos Bancários da Bahia, professor e advogado. Com direito a certificado de 4 hrs para os universitários. Aguardamos vocês a partir das 18h30
segunda-feira, 23 de abril de 2018
Nosso desafio é a revogar as reformas que destruíram os direitos trabalhistas
Por Ariovaldo Ramos
A Frente de Evangélicos pelo Estado de Direito, da qual eu sou um dos coordenadores, está, também, acampada em Curitiba, dando apoio ao ex-presidente Lula, e protestando por sua prisão indevida, que nos faz considerá-lo como preso político.
Depois da exposição da fraude do triplex, o mínimo que se espera é a revisão do julgamento, quando não, a punição do juiz.
Contudo, não podemos permitir que a direita nos aprisione em Curitiba.
Enquanto lutamos pela soltura do ex-presidente, que devemos fazer sem esmorecer, a Medida Provisória que alivia Reforma Trabalhista caducou na Câmara Federal sem alarde. E o ludibrio aos trabalhadores, diga-se de passagem, sem a mínima reação por parte das centrais sindicais, se estabelece definitivamente. O trabalho está legalmente, precarizado, quando não, análogo à escravidão.
Os ruralistas, ostensivamente, assumiram o controle da Funai, na prática. Em menos de um ano já derrubaram dois presidentes da entidade. O primeiro foi o pastor Antonio Costa, que resistiu à pressão da bancada ruralista e denunciou desmonte da política indigenista; agora é Franklimberg Freitas que entrega seu pedido de demissão, após, mais uma vez, forte pressão da bancada ruralista.
A verba de proteção aos indígenas e de demarcação de suas terras caiu 65% em quatro anos. A bancada BBB domina a política indigenista do governo.
A mais recente edição brasileira do jornal Le Monde Diplomatique estampa a manchete de que as eleições podem estar ameaçadas. Aliás, já havíamos dito, aqui no Nocaute, que ninguém dá golpe de Estado para devolver o poder em dois anos.
O articulista da edição brasileira do jornal francês pondera sobre o que haveria se houvesse intervenção, à semelhança do Rio de Janeiro, em outros estados.
Segundo, a matéria, o general que propôs intervenção militar no país, como solução para a crise, não só não foi punido, como se apresentou para concorrer à presidência do Clube Militar, com o apoio do presidente que sucederia.
Todas essas possibilidades de manobra causam uma justificável preocupação com as eleições.
A pressão dos ruralistas pode levar à aprovação do polêmico projeto que muda as regras de licenciamento ambiental, a uma votação sem debate com a nação.
Além disso tudo, nosso grande desafio, se houver eleições, é a renovação do Congresso, senão, a revogação dos efeitos das reformas e medidas de toda ordem, que destituíram os trabalhadores de seus direitos e puseram em risco futuro do país, não será possível.
Definitivamente, temos de lutar pela libertação do ex-presidente Lula, além de estar ao seu lado em Curitiba. Contudo, não podemos nos deixar aprisionar pelos agentes do golpe, precisamos lutar em todas as frentes de batalha.
Nosso luto vem do verbo lutar!
Fonte: https://nocaute.blog.br
“Estive preso e me impediram de visitar-te”
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Leonardo Boff, testemunha dos fatos aqui narrados |
“Estive preso e me impediram de visitar-te”
Há uma cena de grande dramaticidade no evangelho se São Mateus quando se trata do Juizo Final”, quer dizer, quando se revela o destino último de cada ser humano. O Juiz Supremo não perguntará a que Igreja ou religião alguém pertenceu, se aceitou os seus dogmas, quantas vezes frequentou os ritos sagrados.
Esse Juiz se voltará aos bons e dirá: ”Vinde, benditos de meu Pai, tomai posse do reino preparado para vós desde a criação do mundo; porque tive fome e de me destes de comer, tive sede e me destes de beber, fui peregrino e me acolhestes, estive nu e me vestistes, doente e me visitastes, estava preso e viestes me ver… todas as vezes que fizestes a um destes meus irmãos e irmãs menores, foi a mim que o fizestes…e quando deixastes de fazer a um desses pequeninos, foi a mim que não o fizestes(Evangelho de S.Mateus,25, 35-45).”
Neste momento supremo, são as práticas e não as prédicas para com os sofedores deste mundo que contarão. Se os tivermos atendido, ouviremos aquelas palavras benditas.
Esta experiência foi vivida pelo Prêmio Nobel da Paz de 1980, o argentino Adolfo Perez Esquivel (1931) arquiteto e renomado escultor, grande ativista dos direitos humanos e da cultura da paz, além de ser profundamente religioso e por mim. Ele solicitara às autoridades judiciais brasileiras a permissão de visitar no cárcere o ex-Presidente Lula, amigo de muitos anos.
Da Argentina Esquivel me telefonou e no twitter foi resumida a conversação numa espécie de yotube. Iríamos juntos, pois eu havia recebido também o assim chamado Nobel Alternativo da Paz em 2001(Award The Right Livelihood) do Parlamento sueco. Mas lhe adiantei que minha visita era para cumprir o preceito evagélico o de “visitar quem está encarcerado” além de abraçar o amigo de mais de 30 anos. Queria reforçar-lhe a traquilidade da alma que sempre manteve. Confessou-me pouco antes de ser preso: minha alma está serena porque ela não me acusa de nada e me sinto portador da verdade que possui uma força própria e que no seu devido tempo se manifestará.
Chegamos em Curitiba Esquivel e eu, em horários diferentes, no dia 18 de abril. Fomos diretamente ao grande auditório da Universidade Federal do Paraná repleta de gente, para um debate sobre democracia, direitos humanos e a crise brasileira que culminou com a prisão de Lula. Lá estavam autoridades universitárias, o ex-ministro das relações exteriores Celso Amorim, representantes da Argentina, do Chile, do Paraguay, da Suécia e de outros países. Alternadamente cantaram-se belíssimas músicas latino-americanas especialmente com a voz sonora da atriz e cantora Letícia Sabatella. Afrodescentes daçaram e cantaram com suas roupas belamente coloridas.
Fizeram-se vários pronunciamentos. O desalento geral, como por um passe de mágica, deu lugar a uma aura de benquerença e de esperança de que o golpe parlamentar, judídico e mediatico não poderia desenhar nenhum futuro para o Brasil. Antes, encerar-se-ia um ciclo de dominação das elites do atraso para abrir caminho para uma democracia que vem de baixo, participativa e sustentável.
Já antes da sessão foi-nos comunicado que a juíza Catarina Moura Lebbos, braço direito do juiz Sérgio Moro, havia proibido a visita que queríamos fazer ao ex-presidente Lula.
Essa juíza não deu-se conta do alto significado de que é portador um Prêmio Nobel da Paz. Ele tem o privilégio de correr o mundo, visitar prisões e lugares de conflito no sentido de promover o diálogo e a paz. Agarramo-nos ao documento da ONU de 2015 que se convencionou chamar de “Regras de Mandela” que trata de Prevenção ao Crime e a Justiça Criminal. Aí se aborda também a parte da visita aos encarcerados. O Brasil foi um dos mais ativos na formulação destas Regras de Mandela, embora não as observe em seu território.
Mas de nada nos valeu. A juiza Lebbos simplesmente negou, No dia seguinte, dia 19 de abril, chegamos ao acampamento, onde centenas de pessoas fazem vigília junto ao Departamento da Justiça Federal, onde Lula está preso. Gritam-lhe “Bom dia, Lula”, “Lula livre” e outras palavras de ânimo e esperança que ele em seu cárcere pode escutar perfeitamente.
Policiais estavam por todo os lados. Tentamos falar com o chefe para podermos ter uma audiênicia com o Superindente da Polícia Federal.
Sempre vinha a resposta: não pode, são ordens de cima. Após muito insistir, com chamadas de telefone indo e vindo, Perez Esquivel conseguiu uma audiência com o Superintendente. Explicou-lhe os motivos da visita, humanitária e fraterna a um velho e querido amigo. Por mais que Perez Esquivel argumentasse e fizesse valer seu título de Prêmio Nobel da Paz, mundialmente reconhecido e respeitado, ouvia sempre o mesmo ritornello: Não pode. São ordens de cima.
E assim, cabisbaixos, retornamos para o meio do povo. Eu pessoalmente insistia que minha visita era meramente espiritual. Iria levar-lhe dois livros ”O Senhor é meu pastor e nada me falta”,um comentário minucioso que realmente alimenta a confiança. O outro de nosso melhor exegeta Carlos Mesters “A missão do povo que sofre” descrevendo o desamparo do povo hebreu no exílio babilônico, como era consolado pelos profetas Isaias e Jeremias e como a partir daí se fortaleceu o sentido de seu sofrimento e sua esperança.
No Departamento da Polícia Federal tudo era proibido. Sequer um bilhete era permitido para ser enviado ao ex-Presidente Lula.
No meio do povo, falaram vários representantes dos grupos, especialmente um casal da Suécia que sustenta a candidatura de Lula ao Prêmio Nobel da Paz. Falei eu e Perez Esquivel, reforçando a esperança que finalmente é aquela energia ponderosa que sustenta os que lutam pela justiça e por um outro tipo de democracia. Ele anunciou que lançara a campanha mundial para Lula como candidato ao Prêmio Nobel da Paz. Há já milhares de subscrições em todo o mundo. Lula preenche todos os requisitos para isso, especialmente as políticas sociais que tiraram milhões da fome e da miséria e seu empenho pela justiça social, base da paz.
Muitas foram as entrevistas aos meios de comunicação nacionais e internacionais. Algumas fotos do evento começaram girar pelo mundo e vinha a solidariedade de muitos países e grupos.
Aí nos demos conta de que efetivamente vivemos sob um regime de exceção na forma de um golpe brando que sequestra a liberdade e nega direitos humanos fundamentais.
A pequenês de espírito de nossos juizes da Lava Jato e a negação de um direito assegurado a um Prêmio Nobel da Paz de visitar um seu amigo encarcerado, no espírito de pura humanidade e de calorosa solidariedade envergonha nosso país, Apenas comprova que efetivamente estamos sob a lógica negadora de democracia num regime de exceção.
Mas o Brasil é maior que sua crise. Purificados, sairemos melhores e orgulhosos de nossa resistência, de nossa indignação e da coragem de resgatar a partir das ruas e pelas eleições um Estado de direito.
Não esqueceremos jamais as palavras sagradas:”Eu estava preso e tu me impediste de visitá-lo”.
Esse Juiz se voltará aos bons e dirá: ”Vinde, benditos de meu Pai, tomai posse do reino preparado para vós desde a criação do mundo; porque tive fome e de me destes de comer, tive sede e me destes de beber, fui peregrino e me acolhestes, estive nu e me vestistes, doente e me visitastes, estava preso e viestes me ver… todas as vezes que fizestes a um destes meus irmãos e irmãs menores, foi a mim que o fizestes…e quando deixastes de fazer a um desses pequeninos, foi a mim que não o fizestes(Evangelho de S.Mateus,25, 35-45).”
Neste momento supremo, são as práticas e não as prédicas para com os sofedores deste mundo que contarão. Se os tivermos atendido, ouviremos aquelas palavras benditas.
Esta experiência foi vivida pelo Prêmio Nobel da Paz de 1980, o argentino Adolfo Perez Esquivel (1931) arquiteto e renomado escultor, grande ativista dos direitos humanos e da cultura da paz, além de ser profundamente religioso e por mim. Ele solicitara às autoridades judiciais brasileiras a permissão de visitar no cárcere o ex-Presidente Lula, amigo de muitos anos.
Da Argentina Esquivel me telefonou e no twitter foi resumida a conversação numa espécie de yotube. Iríamos juntos, pois eu havia recebido também o assim chamado Nobel Alternativo da Paz em 2001(Award The Right Livelihood) do Parlamento sueco. Mas lhe adiantei que minha visita era para cumprir o preceito evagélico o de “visitar quem está encarcerado” além de abraçar o amigo de mais de 30 anos. Queria reforçar-lhe a traquilidade da alma que sempre manteve. Confessou-me pouco antes de ser preso: minha alma está serena porque ela não me acusa de nada e me sinto portador da verdade que possui uma força própria e que no seu devido tempo se manifestará.
Chegamos em Curitiba Esquivel e eu, em horários diferentes, no dia 18 de abril. Fomos diretamente ao grande auditório da Universidade Federal do Paraná repleta de gente, para um debate sobre democracia, direitos humanos e a crise brasileira que culminou com a prisão de Lula. Lá estavam autoridades universitárias, o ex-ministro das relações exteriores Celso Amorim, representantes da Argentina, do Chile, do Paraguay, da Suécia e de outros países. Alternadamente cantaram-se belíssimas músicas latino-americanas especialmente com a voz sonora da atriz e cantora Letícia Sabatella. Afrodescentes daçaram e cantaram com suas roupas belamente coloridas.
Fizeram-se vários pronunciamentos. O desalento geral, como por um passe de mágica, deu lugar a uma aura de benquerença e de esperança de que o golpe parlamentar, judídico e mediatico não poderia desenhar nenhum futuro para o Brasil. Antes, encerar-se-ia um ciclo de dominação das elites do atraso para abrir caminho para uma democracia que vem de baixo, participativa e sustentável.
Já antes da sessão foi-nos comunicado que a juíza Catarina Moura Lebbos, braço direito do juiz Sérgio Moro, havia proibido a visita que queríamos fazer ao ex-presidente Lula.
Essa juíza não deu-se conta do alto significado de que é portador um Prêmio Nobel da Paz. Ele tem o privilégio de correr o mundo, visitar prisões e lugares de conflito no sentido de promover o diálogo e a paz. Agarramo-nos ao documento da ONU de 2015 que se convencionou chamar de “Regras de Mandela” que trata de Prevenção ao Crime e a Justiça Criminal. Aí se aborda também a parte da visita aos encarcerados. O Brasil foi um dos mais ativos na formulação destas Regras de Mandela, embora não as observe em seu território.
Mas de nada nos valeu. A juiza Lebbos simplesmente negou, No dia seguinte, dia 19 de abril, chegamos ao acampamento, onde centenas de pessoas fazem vigília junto ao Departamento da Justiça Federal, onde Lula está preso. Gritam-lhe “Bom dia, Lula”, “Lula livre” e outras palavras de ânimo e esperança que ele em seu cárcere pode escutar perfeitamente.
Policiais estavam por todo os lados. Tentamos falar com o chefe para podermos ter uma audiênicia com o Superindente da Polícia Federal.
Sempre vinha a resposta: não pode, são ordens de cima. Após muito insistir, com chamadas de telefone indo e vindo, Perez Esquivel conseguiu uma audiência com o Superintendente. Explicou-lhe os motivos da visita, humanitária e fraterna a um velho e querido amigo. Por mais que Perez Esquivel argumentasse e fizesse valer seu título de Prêmio Nobel da Paz, mundialmente reconhecido e respeitado, ouvia sempre o mesmo ritornello: Não pode. São ordens de cima.
E assim, cabisbaixos, retornamos para o meio do povo. Eu pessoalmente insistia que minha visita era meramente espiritual. Iria levar-lhe dois livros ”O Senhor é meu pastor e nada me falta”,um comentário minucioso que realmente alimenta a confiança. O outro de nosso melhor exegeta Carlos Mesters “A missão do povo que sofre” descrevendo o desamparo do povo hebreu no exílio babilônico, como era consolado pelos profetas Isaias e Jeremias e como a partir daí se fortaleceu o sentido de seu sofrimento e sua esperança.
No Departamento da Polícia Federal tudo era proibido. Sequer um bilhete era permitido para ser enviado ao ex-Presidente Lula.
No meio do povo, falaram vários representantes dos grupos, especialmente um casal da Suécia que sustenta a candidatura de Lula ao Prêmio Nobel da Paz. Falei eu e Perez Esquivel, reforçando a esperança que finalmente é aquela energia ponderosa que sustenta os que lutam pela justiça e por um outro tipo de democracia. Ele anunciou que lançara a campanha mundial para Lula como candidato ao Prêmio Nobel da Paz. Há já milhares de subscrições em todo o mundo. Lula preenche todos os requisitos para isso, especialmente as políticas sociais que tiraram milhões da fome e da miséria e seu empenho pela justiça social, base da paz.
Muitas foram as entrevistas aos meios de comunicação nacionais e internacionais. Algumas fotos do evento começaram girar pelo mundo e vinha a solidariedade de muitos países e grupos.
Aí nos demos conta de que efetivamente vivemos sob um regime de exceção na forma de um golpe brando que sequestra a liberdade e nega direitos humanos fundamentais.
A pequenês de espírito de nossos juizes da Lava Jato e a negação de um direito assegurado a um Prêmio Nobel da Paz de visitar um seu amigo encarcerado, no espírito de pura humanidade e de calorosa solidariedade envergonha nosso país, Apenas comprova que efetivamente estamos sob a lógica negadora de democracia num regime de exceção.
Mas o Brasil é maior que sua crise. Purificados, sairemos melhores e orgulhosos de nossa resistência, de nossa indignação e da coragem de resgatar a partir das ruas e pelas eleições um Estado de direito.
Não esqueceremos jamais as palavras sagradas:”Eu estava preso e tu me impediste de visitá-lo”.
Fonte: https://leonardoboff.wordpress.com/
quarta-feira, 18 de abril de 2018
O fascismo não perdoará nem os que, por burrice, oportunismo ou covardia, lhe abrem caminho.
RECOMENDO A LEITURA!
O fascismo não perdoará nem os que, por burrice, oportunismo ou covardia, lhe abrem caminho. Por Mauro Santayana
Publicado na Rede Brasil Atual
A cada vez que alguém divulgar uma notícia fake na internet sabendo que no fundo, intimamente, está mentindo miseravelmente e não passa de um canalha vil e desprezível… .
A cada vez que cidadãos que dizem se preocupar com a Liberdade, a Nação, o Estado de Direito e a Democracia, assistirem passivamente à publicação de comentários econômicos, jurídicos e políticos mentirosos, e a outras calúnias e absurdos na internet, mansa e passivamente, sem resistir nem responder a eles…
A cada vez que alguém defender a tortura e a volta dos assassinatos da ditadura, sabendo que em um regime de exceção ninguém está a salvo do guarda da esquina, ele estará mais próximo
A cada vez que alguém disser que o Brasil está quebrado por incompetência de governos anteriores quando somos o quarto maior credor individual externo dos Estados Unidos, temos 380 bilhões de dólares – mais de 1 trilhão e 200 bilhões de reais – em reservas internacionais, o BNDES está pagando antecipadamente 230 bilhões de reais ao Tesouro e a divida bruta e líquida públicas são menores do que eram em 2002 com relação ao PIB…
A cada vez que alguém gritar que temos que entregar o pré-sal, a Petrobras, a Embraer, a Eletrobras e a Amazônia para os Estadis porque somos ladrões e incompetentes para cuidar do que é nosso, como se o governo e as empresas norte-americanas fossem um impoluto poço de honestidade e moralismo e até o genro do Rei da Espanha não tivesse sido apanhado em cabide de emprego da Vivo depois que esta veio para o Brasil aproveitando a criminosa privatização da Telebras, feita por gente que depois ocupou aqui a Presidência dessa empresa espanhola…
A cada vez que alguém defender raivosamente o livre comércio quando o Eximbank e a Opic norte-americanos emprestam mais dinheiro público que o BNDES no apoio a exportações e Trump adota sobretaxas contra a importação de aço e aluminio brasileiros e para vender aviões ao governo dos Estados Unidos a Embraer é obrigada a instalar primeiro com participação minoritária uma fábrica nos Estados Unidos…
A cada vez que alguém vangloriar o Estado mínimo, quando os Estados Unidos – que está mais endividado que o Brasil – está programando investir mais de um trilhão de dólares de dinheiro público em obras de infraestrutura para reativar a economia, tem apenas no Departamento de Defesa mais funcionários federais que todo o governo brasileiro e todo mundo – principalmente a China – sabe que não existem naçõoes fortes sem estados fortes, ou sem empresas nacionais privadas ou estatais poderosas que é preciso preservar e defender…
A cada vez que alguém defender a volta de militares golpistas ao poder – porque milhares de militares legalistas foram contra o golpe de 1964 e foram perseguidos depois por defender a Constituição e a Democracia – abrindo mão de votar e suspirar e sentir o cabelo da nuca arrepiar quando vir um reco passar por perto…
A cada vez que alguém afirmar que em 1964 não houve um golpe contra um Presidente eleito, consagrado pelo apoio popular, poucas semanas antes, em um plebiscito amplamente vitorioso…
A cada vez que alguém defender a tortura e a volta dos assassinatos da ditadura, sabendo que em um regime de exceção ninguém está a salvo do guarda da esquina, como aprenderam golpistas que desfilaram pedindo o golpe de 1964 e depois tiveram filhos e parentes assassinados ou torturados pela repressão…
A cada vez que alguém achar normal – desde que não seja seu parente – que, sem flagrante, uma pessoa possa ser levada pela polícia para depor sem ter sido antes previamente intimada a depor pela justiça…
A cada vez que informações sigilosas de inquéritos em andamento forem vazadas propositalmente por quem deveria preservar o sigilo de Justiça, para determinadas e particulares emissoras de televisão…
A cada vez que alguém aceitar que um cidadão pode ser acusado, condenado e encarcerado sem provas e apenas pela palavra de um investigado preso que teve muitas vezes sua prisão sucessiva imoralmente prorrogada, disposto a tudo para sair da cadeia a qualquer preço…
A cada vez que alguém achar que algum cidadão pode ser acusado de ser dono de alguma propriedade sem nunca ter tomado posse dela ou sequer possuir uma escritura que prove que é sua…
A cada vez que alguém acreditar que um apartamento fuleiro que vale menos de um milhão de reais pode ter servido de propina para comprar a dignidade de alguém que comandou durante oito anos uma das maiores economias do mundo…
A cada vez que alguém soltar foguetes por motivos políticos, celebrando sua própria ignorância e imbecilidade…
A cada vez que alguém aceitar promulgar leis inconstitucionais para ceder à pressão dos adversários adotando um republicanismo pueril e imaturo…
A cada vez que a lei aceitar tratar de forma diferente – ou igualmente injusta e ilegal – aqueles que são iguais…
A cada vez que um juiz ou procurador emitir – sem estar a isso constitucionalmente autorizado – uma opinião política…
A cada vez que juízes ou procuradores falarem em fazer greve para defender benesses como auxílio-moradia quando já ganham muitas vezes – também de forma imoral – perto ou mais de 100 mil reais, muito acima, portanto, do limite constitucional vigente, que é o salário de ministros do STF…
A cada vez que alguém defender que “bandido bom é bandido morto” (até algum parente se envolver em um incidente de trânsito ou em uma discussão de condomínio com algum agente prisional, guarda municipal ou agente de polícia)…
A cada vez que alguém comemorar a morte de alguém por ele ser supostamente “comunista”, ou negro, viciado, gay ou da periferia…
A cada vez que alguém ache normal – e com isso vibre – que candidatos defendam o excludente automático de ilicitude para agentes de segurança pública que matem “em serviço”, em um país em que a polícia já é a que mais mata no mundo…
A cada vez que alguém achar que só ele tem o direito ou, pior, a exclusividade de usar os símbolos nacionais e o verde e amarelo – que pertencem a todos os brasileiros…
A cada vez que um ministro da Suprema Corte se calar quando for insultado publicamente por juízes e procuradores ou por um energúmeno qualquer nas redes sociais…
A cada vez que alguém acreditar que água de torneira – abençoada por um sujeito na tela da televisão – cura o câncer, que a terra é plana, ou que Hitler, obrigado a suicidar-se durante a Batalha de Berlim pelo cerco das tropas soviéticas, era socialista…
A cada vez que alguém achar que é normal que institutos de certos ex-presidentes tenham ganho milhões com a realização de palestras de um certo ex-presidente e outros institutos de outros ex-presidentes tenham de ser multados em todo o dinheiro ganho por palestras de outro ex-presidente…
A cada vez que alguém ache normal que alguém vá para a cadeia por não ter comprado um apartamento e outros sequer sejam investigados por ter comprado várias outras propriedades imobiliárias por preços abaixo do mercado…
A cada vez que uma emissora de televisão, pratique, nas barbas do TSE, impune e disfarçadamente, política, “filtrando” e exibindo depoimentos “espontâneos” de cidadãos de todo o país, para defender subjetivamente suas próprias teses – ou aquelas que mais lhe agradem – em pleno ano eleitoral…
A cada vez que alguém adotar descaradamente a chicana e o casuísmo, impedindo que se cumpra a Constituição, porque está apostando na crise institucional e foi picado pela mosca azul quando estava sentado na principal cadeira do Palácio do Planalto…
A cada vez que ministros do Supremo inventarem dialetos javaneses ou hermenêuticos lero-leros para justificar votos incompreensíveis e confusos que vão contra a Constituição e que a História não esquecerá nem absolverá…
O Fascismo estará mais perto da vitória.
E não perdoará, em sua orgia de ódio, violência e hipocrisia, nem mesmo aqueles que agora estão empenhados, por burrice, oportunismo ou covardia, em chocar o ovo da serpente e abrir-lhe o caminho para o triunfo.
https://www.diariodocentrodomundo.com.br/o-fascismo-nao-perdoara-nem-os-que-por-burrice-oportunismo-ou-covardia-lhe-abrem-caminho-por-mauro-santayana/
O fascismo não perdoará nem os que, por burrice, oportunismo ou covardia, lhe abrem caminho. Por Mauro Santayana
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CENA DO FILME THE WALL/REPRODUÇÃO |
A cada vez que alguém divulgar uma notícia fake na internet sabendo que no fundo, intimamente, está mentindo miseravelmente e não passa de um canalha vil e desprezível… .
A cada vez que cidadãos que dizem se preocupar com a Liberdade, a Nação, o Estado de Direito e a Democracia, assistirem passivamente à publicação de comentários econômicos, jurídicos e políticos mentirosos, e a outras calúnias e absurdos na internet, mansa e passivamente, sem resistir nem responder a eles…
A cada vez que alguém defender a tortura e a volta dos assassinatos da ditadura, sabendo que em um regime de exceção ninguém está a salvo do guarda da esquina, ele estará mais próximo
A cada vez que alguém disser que o Brasil está quebrado por incompetência de governos anteriores quando somos o quarto maior credor individual externo dos Estados Unidos, temos 380 bilhões de dólares – mais de 1 trilhão e 200 bilhões de reais – em reservas internacionais, o BNDES está pagando antecipadamente 230 bilhões de reais ao Tesouro e a divida bruta e líquida públicas são menores do que eram em 2002 com relação ao PIB…
A cada vez que alguém gritar que temos que entregar o pré-sal, a Petrobras, a Embraer, a Eletrobras e a Amazônia para os Estadis porque somos ladrões e incompetentes para cuidar do que é nosso, como se o governo e as empresas norte-americanas fossem um impoluto poço de honestidade e moralismo e até o genro do Rei da Espanha não tivesse sido apanhado em cabide de emprego da Vivo depois que esta veio para o Brasil aproveitando a criminosa privatização da Telebras, feita por gente que depois ocupou aqui a Presidência dessa empresa espanhola…
A cada vez que alguém defender raivosamente o livre comércio quando o Eximbank e a Opic norte-americanos emprestam mais dinheiro público que o BNDES no apoio a exportações e Trump adota sobretaxas contra a importação de aço e aluminio brasileiros e para vender aviões ao governo dos Estados Unidos a Embraer é obrigada a instalar primeiro com participação minoritária uma fábrica nos Estados Unidos…
A cada vez que alguém vangloriar o Estado mínimo, quando os Estados Unidos – que está mais endividado que o Brasil – está programando investir mais de um trilhão de dólares de dinheiro público em obras de infraestrutura para reativar a economia, tem apenas no Departamento de Defesa mais funcionários federais que todo o governo brasileiro e todo mundo – principalmente a China – sabe que não existem naçõoes fortes sem estados fortes, ou sem empresas nacionais privadas ou estatais poderosas que é preciso preservar e defender…
A cada vez que alguém defender a volta de militares golpistas ao poder – porque milhares de militares legalistas foram contra o golpe de 1964 e foram perseguidos depois por defender a Constituição e a Democracia – abrindo mão de votar e suspirar e sentir o cabelo da nuca arrepiar quando vir um reco passar por perto…
A cada vez que alguém afirmar que em 1964 não houve um golpe contra um Presidente eleito, consagrado pelo apoio popular, poucas semanas antes, em um plebiscito amplamente vitorioso…
A cada vez que alguém defender a tortura e a volta dos assassinatos da ditadura, sabendo que em um regime de exceção ninguém está a salvo do guarda da esquina, como aprenderam golpistas que desfilaram pedindo o golpe de 1964 e depois tiveram filhos e parentes assassinados ou torturados pela repressão…
A cada vez que alguém achar normal – desde que não seja seu parente – que, sem flagrante, uma pessoa possa ser levada pela polícia para depor sem ter sido antes previamente intimada a depor pela justiça…
A cada vez que informações sigilosas de inquéritos em andamento forem vazadas propositalmente por quem deveria preservar o sigilo de Justiça, para determinadas e particulares emissoras de televisão…
A cada vez que alguém aceitar que um cidadão pode ser acusado, condenado e encarcerado sem provas e apenas pela palavra de um investigado preso que teve muitas vezes sua prisão sucessiva imoralmente prorrogada, disposto a tudo para sair da cadeia a qualquer preço…
A cada vez que alguém achar que algum cidadão pode ser acusado de ser dono de alguma propriedade sem nunca ter tomado posse dela ou sequer possuir uma escritura que prove que é sua…
A cada vez que alguém acreditar que um apartamento fuleiro que vale menos de um milhão de reais pode ter servido de propina para comprar a dignidade de alguém que comandou durante oito anos uma das maiores economias do mundo…
A cada vez que alguém soltar foguetes por motivos políticos, celebrando sua própria ignorância e imbecilidade…
A cada vez que alguém aceitar promulgar leis inconstitucionais para ceder à pressão dos adversários adotando um republicanismo pueril e imaturo…
A cada vez que a lei aceitar tratar de forma diferente – ou igualmente injusta e ilegal – aqueles que são iguais…
A cada vez que um juiz ou procurador emitir – sem estar a isso constitucionalmente autorizado – uma opinião política…
A cada vez que juízes ou procuradores falarem em fazer greve para defender benesses como auxílio-moradia quando já ganham muitas vezes – também de forma imoral – perto ou mais de 100 mil reais, muito acima, portanto, do limite constitucional vigente, que é o salário de ministros do STF…
A cada vez que alguém defender que “bandido bom é bandido morto” (até algum parente se envolver em um incidente de trânsito ou em uma discussão de condomínio com algum agente prisional, guarda municipal ou agente de polícia)…
A cada vez que alguém comemorar a morte de alguém por ele ser supostamente “comunista”, ou negro, viciado, gay ou da periferia…
A cada vez que alguém ache normal – e com isso vibre – que candidatos defendam o excludente automático de ilicitude para agentes de segurança pública que matem “em serviço”, em um país em que a polícia já é a que mais mata no mundo…
A cada vez que alguém achar que só ele tem o direito ou, pior, a exclusividade de usar os símbolos nacionais e o verde e amarelo – que pertencem a todos os brasileiros…
A cada vez que um ministro da Suprema Corte se calar quando for insultado publicamente por juízes e procuradores ou por um energúmeno qualquer nas redes sociais…
A cada vez que alguém acreditar que água de torneira – abençoada por um sujeito na tela da televisão – cura o câncer, que a terra é plana, ou que Hitler, obrigado a suicidar-se durante a Batalha de Berlim pelo cerco das tropas soviéticas, era socialista…
A cada vez que alguém achar que é normal que institutos de certos ex-presidentes tenham ganho milhões com a realização de palestras de um certo ex-presidente e outros institutos de outros ex-presidentes tenham de ser multados em todo o dinheiro ganho por palestras de outro ex-presidente…
A cada vez que alguém ache normal que alguém vá para a cadeia por não ter comprado um apartamento e outros sequer sejam investigados por ter comprado várias outras propriedades imobiliárias por preços abaixo do mercado…
A cada vez que uma emissora de televisão, pratique, nas barbas do TSE, impune e disfarçadamente, política, “filtrando” e exibindo depoimentos “espontâneos” de cidadãos de todo o país, para defender subjetivamente suas próprias teses – ou aquelas que mais lhe agradem – em pleno ano eleitoral…
A cada vez que alguém adotar descaradamente a chicana e o casuísmo, impedindo que se cumpra a Constituição, porque está apostando na crise institucional e foi picado pela mosca azul quando estava sentado na principal cadeira do Palácio do Planalto…
A cada vez que ministros do Supremo inventarem dialetos javaneses ou hermenêuticos lero-leros para justificar votos incompreensíveis e confusos que vão contra a Constituição e que a História não esquecerá nem absolverá…
O Fascismo estará mais perto da vitória.
E não perdoará, em sua orgia de ódio, violência e hipocrisia, nem mesmo aqueles que agora estão empenhados, por burrice, oportunismo ou covardia, em chocar o ovo da serpente e abrir-lhe o caminho para o triunfo.
https://www.diariodocentrodomundo.com.br/o-fascismo-nao-perdoara-nem-os-que-por-burrice-oportunismo-ou-covardia-lhe-abrem-caminho-por-mauro-santayana/
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De caso pensado… Por Andréa Serpa Entendam: a onda de ataques e violência gratuita crescente são um projeto. Não é obra do acaso. Quanto ...
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