segunda-feira, 23 de abril de 2018



Nosso desafio é a revogar as reformas que destruíram os direitos trabalhistas
Por Ariovaldo Ramos

A Frente de Evangélicos pelo Estado de Direito, da qual eu sou um dos coordenadores, está, também, acampada em Curitiba, dando apoio ao ex-presidente Lula, e protestando por sua prisão indevida, que nos faz considerá-lo como preso político.

Depois da exposição da fraude do triplex, o mínimo que se espera é a revisão do julgamento, quando não, a punição do juiz.

Contudo, não podemos permitir que a direita nos aprisione em Curitiba.

Enquanto lutamos pela soltura do ex-presidente, que devemos fazer sem esmorecer, a Medida Provisória que alivia Reforma Trabalhista caducou na Câmara Federal sem alarde. E o ludibrio aos trabalhadores, diga-se de passagem, sem a mínima reação por parte das centrais sindicais, se estabelece definitivamente. O trabalho está legalmente, precarizado, quando não, análogo à escravidão.

Os ruralistas, ostensivamente, assumiram o controle da Funai, na prática. Em menos de um ano já derrubaram dois presidentes da entidade. O primeiro foi o pastor Antonio Costa, que resistiu à pressão da bancada ruralista e denunciou desmonte da política indigenista; agora é Franklimberg Freitas que entrega seu pedido de demissão, após, mais uma vez, forte pressão da bancada ruralista.

A verba de proteção aos indígenas e de demarcação de suas terras caiu 65% em quatro anos. A bancada BBB domina a política indigenista do governo.

A mais recente edição brasileira do jornal Le Monde Diplomatique estampa a manchete de que as eleições podem estar ameaçadas. Aliás, já havíamos dito, aqui no Nocaute, que ninguém dá golpe de Estado para devolver o poder em dois anos.
O articulista da edição brasileira do jornal francês pondera sobre o que haveria se houvesse intervenção, à semelhança do Rio de Janeiro, em outros estados.

Segundo, a matéria, o general que propôs intervenção militar no país, como solução para a crise, não só não foi punido, como se apresentou para concorrer à presidência do Clube Militar, com o apoio do presidente que sucederia.

Todas essas possibilidades de manobra causam uma justificável preocupação com as eleições.

A pressão dos ruralistas pode levar à aprovação do polêmico projeto que muda as regras de licenciamento ambiental, a uma votação sem debate com a nação.

Além disso tudo, nosso grande desafio, se houver eleições, é a renovação do Congresso, senão, a revogação dos efeitos das reformas e medidas de toda ordem, que destituíram os trabalhadores de seus direitos e puseram em risco futuro do país, não será possível.

Definitivamente, temos de lutar pela libertação do ex-presidente Lula, além de estar ao seu lado em Curitiba. Contudo, não podemos nos deixar aprisionar pelos agentes do golpe, precisamos lutar em todas as frentes de batalha.
Nosso luto vem do verbo lutar!

Fonte: https://nocaute.blog.br

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